domingo, 29 de dezembro de 2013

Queria...

Queria poder vincular teu cheiro a algo concreto e real, no qual eu pudesse pegar a qualquer momento e me embriagar dele.
Quisera eu perpetuar teu cheiro entre as minhas narinas de uma forma qual nenhum outro cheiro no mundo seria tão evidente.
Queria parar o tempo só pra passar todas as horas possíveis sentindo o cheiro peculiar que tens na nuca, perto da orelha, que me aproximam dos teus lábios.
Queria roubar a tua essência e guardar pra mim num lugar só meu.
Quisera eu tatuar teu abraço, enraizando ele na minha pele de uma forma que não teria mais voltas ou arrependimentos.
Queria capturar um pouco da tua retina e sair distribuindo por ai, para que todos pudessem ver o mundo de um jeito bobo feito você.
Quisera eu te sintetizar com alguns pronomes possessivos.
Queria arranjar um meio de te perpetuar aqui, mas quando você me abraça, suspira e sorrir eu percebo que eu não preciso te perpetuar em nada, e nem escrever nada que seja vinculado a ti, pois você já vem escrevendo muito e tanto, feito o meu livro favorito que nunca saí da bolsa, só que nesse caso, feito o meu benzinho favorito que não saí mais do peito.

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