Daí eu te olhei e vi que antes de qualquer fala vinda por meio dos teus lábios, os teus olhos já falavam por si só. E hoje em dia as pessoas falam tanto, tanto e ao mesmo tempo nada, que é absurdamente raro e instigante encontrar alguém que deixa os olhos falarem assim...
Olhos que não eram nada óbvios, muito menos comuns, eram instigantes de um jeito peculiar.
E então depois percebi que teus olhos além de falarem também tinham medo, medo da vida, medo do futuro, do aqui e agora, do que te espera lá fora, mas que seus olhos, apesar de tudo, ainda que saudosos, ainda que esperançosos, ainda que mostrem muito de ti e me façam perceber que algo em ti falta, parece vazio, quando tudo aos demais parece completo, ainda assim... Ainda assim... acreditavam no mais importante da vida: no amor. E assim não tem como não te admirar, porque isso é raro de se ver.
E então, nessa hora eu te pergunto, pra quê olhar para outra coisa se eu posso te encarar e te ver sorrir três vezes? Com os olhos, boca e coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário