quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sobre sinais...

Teus sinais nas costas me fazem montar um mapa com os pontos extremos do teu corpo, enquanto eu fico te olhando dormir, e quanto mais eu sigo os teus sinais, mais eu me perco em ti, nessa mistura de luz e mistério, de estresse e amor, nessa imensidão que és tu. Sinal norte, sinal sul, o primeiro fica perto da tua nuca, e me faz ficar pensando o quanto eu gosto de ti por inteiro, do teu coração gigante aos pontos castanhos extremos do teu corpo, quase nulos, feito norte e sul, leste oeste, se fazendo desde então o MEU (centro)oeste.
Sempre te disse que acho pintas sexys, mas agora, olhando tuas costas, vejo que não tem nada de sexy, ou até tem, porque ela é bem bonita, mas na verdade, na maioria das coisas que são tuas, eu só vejo amor.
O segundo, descendo, quase não aparece por conta do lençol, meio contido, meio escondido, meio bandido, meio tão teu, e tão bonito.
Os outros dois mais próximos me fazem sorrir baixinho pra não te acordar e pensar em uma metáfora de nós dois, como se em outras vidas estivéssemos longe nesse teu mapa, e com o passar das vidas o destino foi nos moldando, nos encontrando e nos deixando assim tão próximos, por que tem sempre algo ou alguém que te prepara pro que vem depois, mas te olhando dormir assim, acho que na verdade nunca vou estar realmente preparada pra gente, pra me apaixonar assim, a todo momento por ti.

Agora tu se mexe, faz uns barulhos estranhos de quem está acordando, e vai se virando lentamente, e vai dar de cara comigo te olhando assim, desse jeito bobo e estranho, vai me achar meio louca, eu sei, mas não me importo, porque ao dar de frente contigo, eu vou me apaixonar ainda mais por outra coisa, se é que é possível me apaixonar mais ainda pelos teus olhos, teu sorriso, e por ti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário