terça-feira, 16 de abril de 2013

Outro dia achei uma foto que tirei no dia que a gente se conheceu, não lembro quem bateu a foto, ou como consegui chegar aquele pub, muito menos de como nos conhecemos, ou quais foram as primeiras frases que trocamos, desculpe-me, lembro apenas da agonia sem fim que eu carregava no peito, algo relacionado a algum cara que andava tirando o meu sono, não lembro o nome dele, a única coisa que me vem a mente é a sensação presente e a ressaca sem fim no outro dia, e claro, a tua ligação.
Pessoas ligadas a mim sabem o quanto eu odeio ficar falando falando ao telefone, mas ao ver um número desconhecido como curiosa que sou, atendi, e confesso que tu me ganhou no "Olá" e eu só fui descobrir isso depois, teu timbre grave,  tua leveza na fala e os teus argumentos me prenderam ali, não passou pela minha cabeça desligar o celular na tua cara achando que poderia ser um trote, porque sei lá, naquela ligação eu me curei da ressaca e daquela agonia do peito e de todos os males presentes em mim.
Eu não iria aceitar teu convite para beber por aí, mas tu me falou do Cícero, do Phill e ainda cantou Los Hermanos ao telefone, e eu não tinha como recusar. Fiquei tonta entre cervejas e vodkas, mas nada foi capaz de tirar os meus olhos de cima dos teus, e nem das covinhas quase invisiveis em meio a tua barba por fazer. Foram horas ali, como se nos conhecessemos há anos, quiça outras vidas.
E com o tempo tu foi se tornando meu amigo de bar, de copo, de vida, e de amores. Eu não reparei, mas em meio a tantas complicações diárias era a tua voz que sanava as minhas dúvidas e aumentava a leveza de qualquer alegria minha, nem que a alegria fosse derivada de algum tipo de alcoól.
Foi então que eu me vi perdida, cheia de "mimimis" referentes ao teu abraço, tua voz e ao teu eu por inteiro, já era, eu estava "porre" por ti, e veja bem, eu estou falando isso sóbria, sóbria da vida.
Dizem por aí que tem sempre alguém que te prepara para o que vem depois, ou seja, eu juro que carregaria aquela agonia por mais alguns bares se tu fosse o prêmio me esperando na linha de chegada.
As pessoas continuam dizendo que a bebida não leva a nada, como não? Ela te trouxe até mim! Ambos estavamos fadados ao alcoól no mesmo lugar, procurando preencher a lacuna que fica entre aquele trecho que diz assim: "Eu encontrei, quando não quis mais procurar o meu amor..." Procurando preencher aquele vazio do nada, e como já disse, não lembro do dia, mas lembro de todos os outros quais tu deixou de ser o cara do bar, o amigo do bar,e começou a se tornar o tudo, não que tudo na minha vida dependa de ti, não é isso, mas é que até o nada contigo consegue ser algo positivo.

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