domingo, 25 de setembro de 2011

Um ato simples...

Respiração ofegante, púpilas dilatadas, coração saindo pela boca, olhares, passos, vergonha, alcoól, música alta, coragem, e algo desconhecido.
- Não te vi chegar.
- Não sei se já cheguei.
- Acho que não, eu teria notado.
- Bem, estou aqui agora.
- Acho que estava te esperando.
- Acha?
- É, á uns 24 anos.
- E como sabe que sou eu?
- Não sei, mas quando eu te vi chegar, algo aqui dentro se fez diferente. - E ele levemente coloca a mão esquerda em seu peito.
- Pelo menos você é criativo.
- O quê? Você não acredita em mim?
- Deveria?
- É, é você!
- (risos) Se você diz, então sou.
- É você que eu fiquei esperando todos esses anos, e não preciso de mais nada para saber que valeu a pena. - Ele coloca o copo de vodka ao lado em cima do balcão, e leva a sua mão ao encontro da dela. - Posso?
- Poooodeee, mas não sei como isso vai ficar... - E assim ele se aproximou, colocou as suas mãos na cintura dela, e a abraçou.
- Nem eu, porém, você está em meus braços, aqui, é o seu lugar.
- Eu deveria está assustada, mas não estou, meu coração ficou calmo, aqui.
- E seguro?
- Sim!
- É, você, que bom, te encontrei, não esperava que fosse aqui, mas encontrei, e não quero mais te largar.
- Então me faz ficar!
- Estou aqui, estamos aqui, e não pretendo te dar motivos para ir. - E assim, ele contornou levamente com os dedos o seu rosto da testa até as covinhas, sorriu, e ela também, e se apróximou, ela hesitou, mas não resistiu, e os lábios dele tocaram os dela, contemplando ali, aquela enorme espera, e assim, uma nova história de amor começou, já havia sido escrito, e não tinha mais como fugir, foi, não porque era pra ser, e sim porque tinha que ser...

Um comentário:

  1. A quantidade de diálogos fez o texto fluir rapidamente, adorei. :)

    Surpreendeu-me.

    http://amar-go.blogspot.com/

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