segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma conversa qualquer...

D - Será que "algum dia" eu vou conseguir ter ele de volta?
C - Já pensou na possibilidade de que "algum dia" pode demorar demais, e no fim toda essa sua espera acabe sendo em vão?
D - O fim pode ser em vão, mas a caminhada até lá pode me servir de algo. Eu creio.
C - Faz sentido o que tu disse. Eu queria ter toda essa força de vontade, ter tanta esperança como você, em acreditar nesse tal amor...
D - Não é questão de fazer sentido ou não, eu só não tenho coragem suficiente para desistir. E pra te falar a verdade eu não tenho esperança e nem acredito no amor.
C - Isso me confundi, eu te vi sofrer por ele, não desistir dele, e mesmo assim tu não acredita nele? Acho que ele, e o amor que sentes por ele, mudaram muitas coisas em tí, coisas que talvez jamais possam ser mudadas novamente.
D - Não, eu não acredito. Justamente por já ter sofrido o bastante. Sofremos por acreditar e se desiludir depois, hoje eu apenas quero arriscar, pelo simples fato de ainda existir amor, da minha parte.
C - Tu já sofreu bastante, mas temos que admitir, que tudo isso serviu pra tu ser desse jeito hoje em dia, desse jeito foda, com uma coragem sem igual, porque não é qualquer pessoa que continua a lutar sem ter forças por esse amor incerto, apenas por ainda existir amor...
D - Era nesse ponto que eu queria chegar, você não acha que por aprender tanto com esse tal ''amor fracassado'' ele mereça ser vivido, até que por sis só ele morra e não sobre vestígios?
C - Na verdade? Não, eu realmente acho que não, esse amor fracassado, talvez não seja digno de toda essa imensidão de sentimentos que habita em seu coração, talvez nem os véstigios dele.
D - Ele pode não ser merecedor, mas é o que a minha mente diz, e eu tenho receio de contrariá-la. Mesmo que as forças não existam mais, e que com ela se foi a esperança e tudo que era necessário para me manter em pé, eu simplesmente não consigo. É como um livro, que eu li até a penúltima página, e para entender tudo eu tenha que ler a última, até o final. E assim poder recomeçar à ler, mas outro livro.
C - Repito, te acho foda, um dia quem sabe eu vá amar alguém assim como tu amas ele, querendo mandar ele ir se ferrar, mas vive se ferrando por ele.
D - Me ferrei e muito, e por vezes até chego à me senti obrigada à agradecer por isso. Pois da mesma forma nunca mais acontecerá, acho que cega só sômos uma vez na vida. Digamos que eu ame ''ainda'' porém de uma forma mais racional, o sentimentalismo não possui mais existência.
C - Então me responde, todo esse amor vai te levar á onde?
D - Se eu soubesse eu não estaria indo até o fim por ele, seria óbvio, e digamos que eu aprecio o ócio
C - E se ir até o fim não for o bastante, vais voltar a estaca 0? Porque o amor não tem fim, ou tem? Acho que o fim sempre é um começo.
D - Costumo comparar o amor com ciclos, em que temos que vivê-lo até o final, e assim estaremos prontos para começar outro. Eu não acredito em eternidade, bem provavelmente esse acabará, pois não presenciei nada eterno até hoje. Amor não precisa ser para sempre para ser amor.
C - Tu acabaste de dizer tudo, de me responder o que eu nem perguntei, vai lá, lutar pelo que tu sente, luta até o fim, com todas as tuas forças, grava esse sentimento e toda essa historia em tí, até o fim dos teus dias, e serve de exemplo pra mim, e para tantas outras pessoas, eu acredito em ti, e acho que voltei A ACREDITAR NO AMOR!
D - Digamos que te fazer voltar à acreditar no amor tenha dado sentido à tudo que eu fiz,; lutei; sofri; ou passei até agora. Acho que não há nada mais prazeroso que dá vida à alguém que estava apenas existindo. Porque amor é vida. É ele que te faz sentir, é ele que te faz chorar, é ele que te faz lutar, é ele que te faz sentir vivendo. E é exatamente assim que me sinto.
C - É, se não fosse por amor, tu, eu e toda a humanidade não faria coisas absurdas, e ao mesmo tempo tão lindas.
Veja, somos tão contraditorias, tão complicadas, tão confusas, no fim, acabamos tendo mais coisas em comum com o amor, do que imaginavamos..
D - O amor é muito mais do que achamos que ele é, quem consegue explicá-lo nunca o sentiu de verdade. Ele te levará aos extremos mais inusitados possíveis. Não há como ser exata, simples quando falamos dele, francamente não há como definir, sentir basta.
C - Ainda preciso, precisamos dizer algo? Acho que não... tu já disse tudo, muito mais do que eu queria saber, do que eu queria aprender, e já fez muito mais do que talvez eu seria capaz de fazer.
D - Acho que já falamos muito mais do que nos é permitodo falar quando o assunto é amor. Ficamos com a parte de sentir e deixar de se perguntar porque.
PS: Eu e a Dani, com conversas que talvez ninguém entenda, além de nós duas...
Recomendo muito o blog dela...
http://mymindwasscreaming.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário