sábado, 23 de abril de 2011

N-A-D-A! Parte I

Nada estava dando certo, repito N-A-D-A, e eu não queria admitir isso, até que o dono da casa que eu chamo de lar, disse que eu precisaria entregar a casa em alguns dias, perguntei se tinha feito algo de errado, e ele disse que não, mas iria precisar da casa.   
Ou seja, eu estava perdida, sem amor, sem abrigo, sem você, e sem coração, novamente.
Saí de casa, e fui andar por ai, andei, andei, e resolvi entrar em um bar desses qualquer, pedi uma vodka e senti minha garganta arder quando tomei o primeiro gole, assim como todo o meu corpo já estava ardendo.
O garçom ficou me olhando, e perguntou se era uma decepção amorosa, e eu disse que sim, ou melhor era uma decepção da vida, de uma maneira geral.
Pedi uma dose, duas, três, e parei na quinta, até porque não estou acostumada com isso, levantei e percebi que todos estavam me olhando, mas nem liguei, e saí, quando estava voltando pra casa, esbarrei em um homem, mas não era apenas 'um homem' era você, que continuava usando o mesmo perfume, e a mesma jaqueta que te deixava com mais cara de homem, jaqueta qual você estava quando decidiu ir embora.
Você perguntou o que eu estava fazendo sozinha, e por quê eu estava bebendo, mal consegui te responder, mal consegui ficar em pé, com apenas cinco doses de vodka.

- Posso te deixar em casa?
- Que casa? Não tenho mais.
- Por quê?
- Nem amor eu tenho mais.
- Por quê?
- Nem coração eu tenho mais.
- De novo?
- Nem amigos eu tenho mais.
- Mas... Por quê?
- Foda-se, nem você eu tenho mais.
- (...)


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