sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Você sempre quis ser medico? Modelo? Ou quem sabe astronauta?

Eu sempre quis amar.

Ponto.

Eu cresci assistindo à pessoas vivendo amores vãos e concentrando-me em toda a intensidade que eu sonhava para a minha vida. Guardei o meu melhor trancafiado em algum lugar no meu peito. Tão bem guardado que cheguei a pensar que o tivesse perdido, extraviado-o em algum cais. Existiram sim – algumas – pessoas que provocaram e que mereceram conhecer o que havia de tão conservado, mas, não sei porque, não as dei tempo para isso.

Não costumava procurar, apenas me deixava ser encontrada. Salvo durante experiências falhas, era eu me encantar para estar aberta à uma nova tentativa. Tá que me encantar não é lá muito fácil né, eu sei…
Eu queria um amor que me tomasse o ar num só golpe, que me fizesse enrubescer pelo simples ato de fitá-lo, eu queria um amor que me aquecesse o coração, que provocasse uma imensa vontade de gritar para que o resto do mundo me chamasse de louca. Pouco importava. Que bagunçasse minha casa, minha vida, meus cabelos. Alguém que me fizesse mudar o rumo, ou simplesmente perdê-lo. E, no fim do dia, queria um abraço que fosse capaz de acalmar toda essa insanidade que corria pelas minhas veias. Eu só queria amar.
Precisava de alguém que tomasse conta de mim e dos mais puros sentimentos que eu já tivera.

Queria um amor desesperadamente estável.

E eu sempre soube que conseguiria.

Nicolle Albiero.

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